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O PRECONCEITO NOSSO DE CADA DIA

Nos últimos tempos nos Umbandista, nos acostumamos a nos colocarmos como vitimas de um preconceito violento, sempre reclamando, nos colocando como vitimas deste terrível mal.
Não nego que sofremos sim preconceito, mas este preconceito na grande maioria das vezes e causado pela ignorância ou desinformação, ou o que é pior a idéia errada que se passa da Umbanda por conta de algumas atitudes dos próprios umbandistas, e vou dar alguns exemplos:
- Despachos jogados nas ruas, com restos de comidas, garrafas, alguidares, ou ate coisa pior.
- Sujeira nas praias, matas e cachoeiras depois de rituais realizados por “umbandistas”
- Rituais de “umbanda” regados a bebidas, com muita baderna, “entidades” com roupas extravagantes, cocares enormes, mais parecendo um baile a fantasia do que um ritual religioso
- Imagens de Exus com rabos, chifres, etc, e ainda ditos “umbandistas” que alimentam esta idéia de que Exu é uma entidade sem o compromisso com o bem
- As disputas “comerciais” entre “mestres e magos”, ditos umbandistas, um querendo ser melhor que o outro, pensando ser o dono da verdade absoluta
- Anúncios colocados em jornais e postes das cidades, prometendo qualquer coisa mediante um pagamento
Pergunto, o que você, uma pessoa sem nunca ter ido a um terreiro, sem ter informações pensaria de uma religião com estes “ingredientes”???

Não seria muito mais interessante, nos preocuparmos em passar uma imagem sadia, da Umbanda, ao invés de ficarmos reclamando como se fossemos pobres coitados?
As vezes tenho a impressão que muita gente gosta desta situação, de se colocar como vitimas eternas...
Informando, mostrando a beleza de nossa religião, não vamos acabar com todo o preconceito, mas com certeza diminuiremos sensivelmente.
Ultimamente surgiram inúmeras iniciativas por “tolerância” em relação a Umbanda, alguém já se preocupou em analisar o que é tolerância? Segue a definição dos dicionários:
TOLERANCIA – CONDESCENDENCIA OU INDULGENCIA PARA AQUILO QUE NÃO SE QUER OU NÃO SE PODE IMPEDIR.
TOLERADA – MERETRIZ MATRICULADA
TOLERADO – CONCEDIDO, PERMITIDO
TOLERAR – SOFRER O QUE NÃO DEVERIAMOS PERMITIR, OU QUE NÃO NOS ATREVEMOS IMPEDIR; CONSENTIR; PERMITIR; DEIXAR PASSAR

Pois bem agora eu pergunto, você prefere ser tolerado como Umbandista ou respeitado?
A resposta pelo menos para mim parece óbvia, então que tal começarmos e criar movimentos para informar melhor e assim conquistarmos este respeito??


Marco Boeing – Dirigente da ASSEMA / Curitiba

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A UMBANDA DA PALAVRA E DA CONSCIÊNCIA


Dias atrás numa conversa com algumas pessoas, uma questão foi colocada:
O fato de que antigamente aconteciam muitos casos de materializações e efeitos físicos nos trabalhos de Umbanda, coisa que hoje em dia é muito raro.
Meu entendimento sobre este assunto é o seguinte:
Durante algum tempo, a Umbanda teve que de certa forma se “firmar” no cenário religioso, as pessoas precisavam de algo “palpável” para sentirem-se bem. Hoje em dia vivemos numa fase que eu para uma identificação acabei por denominar “A UMBANDA DA PALAVRA E DA CONSCIÊNCIA”. Nossos Mentores nos colocam e nos mostram cada vez mais a necessidade que temos de fazer aqueles que nos procuram entenderem que a melhora que eles tanto anseiam começa e tem continuidade com uma mudança de pensamento e atitudes, uma verdadeira reforma intima, que a umbanda não é um culto “fazedor de milagres”, onde qualquer um vai receber o que quer em troca de algumas velas ou o que é pior em troca de alguns “tostões”.
Nossos rituais, nossos trabalhos de descarrego, desobsessão, etc. Continuam sendo de grande importância, mas tão importante quanto eles é esta necessidade de levarmos ao mundo a “palavra” e o “entendimento” de como a espiritualidade funciona, criando assim uma nova consciência naqueles que só procuram a Umbanda para obter proveito próprio, e que não enxergam a necessidade de eles mesmos mudarem para ai sim melhorarem de verdade, mudarem conceitos e atitudes, esquecer a mesquinhez, entenderem que fazem parte de um todo.
Foi-se o tempo em que tudo se resolvia com uma “mágica”, fazendo surgir do nada, objetos que segundo se acreditava eram a materialização de nossos problemas. A Espiritualidade não tem mais o porquê fazer isto, e nem precisa, o que ela precisa é de médiuns que entendam que a verdadeira caridade é tentar ser o melhor que puder e que passem isto para as pessoas, fazendo-as entender com suas palavras e seus exemplos a sua responsabilidade neste mundo...

Isto é o que eu chamo de “A UMBANDA DA PALAVRA E DA CONSCIÊNCIA”

Marco Boeing – ASSEMA/Curitiba-PR